sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Finalmente é sexta-feira

Estava a acabar de ler as recomendações da Câmara de Lisboa sobre o trânsito durante os próximos dois dias e, ao fim de 5 minutos, perdi-me nas ruas e avenidas.

À custa da "Lisbon Summit", a capital vai andar às avessas.

Pode dar muito prestígio ao País, mas dá uma carga de chatices em alterações ao quotidiano.

E como não quero encher o texto de rotas alternativas para as minhas sugestões, vou centrar-me na cidade do Porto.

Esta semana houve uma grande afluência de cozinheiros ao Hotel Porto Palácio para assistir ao Congresso Nacional dos Profissionais de Cozinha.

Foram mais de 300 a trocar ideias e a debater o futuro da profissão.

Eu, como não poderia deixar de ser, também marquei presença, pois, perante tal aglomerado de saber gastronómico, retiram-se as melhores e mais frescas novidades do meio.

Novidade fresquinha é a abertura, na passada quarta-feira, de um novo espaço de restauração: A Casa de Pasto da Palmeira, que é do mesmo proprietário da Horta dos Reis em Vila Nova de Gaia.

O Madeira, nome pelo qual é conhecido, decide atravessar a ponte da Arrábida em direcção à Foz e abre um novo restaurante a apostar nos petiscos e degustações de pequenas porções.

Só fecha à terça-feira e, nos restantes dias, abre do meio-dia até à meia-noite. Boa comida a bom preço.
Rua do Passeio Alegre 450.
Tel: 226 168 244

Quem tem estado a dar frutos da sua criatividade é o novo, mas experiente, chefe Vítor Matos, que se mudou do Hotel Tiara, no Porto, para a Casa da Calçada, em Amarante.

Não deixe de lá ir para experimentar a carta residente, que parece que vai ser mudada lá para meados de Dezembro.

A minha recomendação é que aproveite os preços de época baixa e, durante a sua refeição, não pode deixar de provar a sobremesa "vintage".
Largo do Paço - Amarante.
T: 255 410 830.
www.casadacalcada.com

Voltando ao Porto e a um dos seus grandes clássicos - falo na Casa Aleixo e no seu arroz de feijão e de polvo. Ainda esta semana tive a oportunidade e privilégio de comprovar que a qualidade e o rigor das receitas, que tanto celebrizaram este espaço, seguem as suas linhas tradicionais.

Junto à estação da Campanhã, debaixo do grande letreiro com o nome da casa, tem um espaço verdadeiramente familiar, onde a qualidade e os preços andam de mãos dadas.

A sua proprietária, Inês Diniz, encarrega-se que a sua refeição seja um acontecimento que certamente não o decepcionará.

Quando lá for, não se esqueça de procurar no cesto dos vinhos algumas das raridades da casa e tentar a sua sorte, pois aqui, se o vinho não estiver em condições (a idade não perdoa alguns néctares), pode sempre abrir outra sem custos extra.
Rua da estação, 216.
Tel: 225 370 462

Ainda dentro dos mais tradicionais e familiares, bati à porta da Cozinha do Manel, subi os degraus do 215 da rua do Heroísmo junto ao museu militar e dou de caras com os "barros" que albergam deliciosas confecções.

Aqui, o show coocking está estabelecido há anos e não é uma tendência de mercado, é algo que nunca foi escondido - há rigor e tradição e não há nada para se esconder. Assim foi, ainda é e continuará a ser a teoria desta casa.

Os filetes de pescada ou o cabrito assado no forno a lenha são as minhas recomendações, mas, para ser sincero, até agora nada me desiludiu nesta casa.

Se passar por lá numa terça, peça o arroz de pato, mas, se for à quinta, é o cozido que faz as honras da casa.
Tel: 225 363 388.

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