terça-feira, 11 de maio de 2010

Vinhos portugueses brilham em Palermo

OJE - Lifestyle - 2010.05.10

Fotografias por Giuseppe Napoli

Adega de Pegões Alicante Bouschet 2008 Setúbal, Porto Andresen 40 anos, Casal da Coelheira Rosé 2009 Tejo, DFE Signature 2007 Douro e DJ Encostas de Estremoz Reserva 2007 Alentejo foram os néctares lusos distinguidos com as Grandes Medalhas de Ouro no Concours Mondial de Bruxelles, no passado dia 3 de Maio.

Um evento que decorreu na cidade de Palermo, em Itália.

Sendo um dos mais prestigiantes concursos de vinhos do mundo, os seus resultados e os do International Wine Challenge são dos momentos mais aguardados pelos produtores todos os anos.

Este tipo de concursos e as suas distinções abrem várias portas para os mercados internacionais, sendo o seu crescimento a nível de participantes cada vez mais abrangente.

Este ano estiveram em prova 6.964 vinhos, provenientes de mais de 49 países, e 274 jurados distribuídos por mais de 40 países.

Portugal este ano contou com o extraordinário número de 439 participantes, arrecadando mais de 177 medalhas que se dividem em cinco grandes medalhas de ouro, 65 medalhas de ouro e 107 medalhas de prata.

Não menos importantes foram os 18 membros do júri que viajaram de Portugal para Itália, para fazerem parte do painel que avaliou os milhares de vinhos à prova. Jornalistas como a Maria João Almeida, João Paulo Martins, Aníbal Coutinho, Rui Falcão, ou enólogos como o Rui Reguinga, Jaime Quendera, David Baverstock, entre outros, estiveram presentes nos dias de prova, cabendo-lhes a árdua tarefa de provar, degustar e avaliar.

França foi o país que recebeu mais medalhas - 606, tendo apresentado para avaliação mais de 2.200 vinhos.

A Espanha, com 1.394 vinhos, levou para casa 378 medalhas; e a Itália, dos seus 949, viu 228 a serem premiados. Comparando o número de participantes ao número de medalhas recebidas, Portugal distinguiu-se pela positiva, pois arrecadou muito mais medalhas que os três países com maior número de participantes.

Nuno Falcão, enólogo do Casal da Coelheira, não esconde o seu contentamento: "É sempre bom ver os nossos vinhos medalhados por um júri de tão alto gabarito. Esta é uma forma de reconhecer o trabalho que a nossa equipa tem feito na evolução dos nossos vinhos, bem como um alento para continuar a progredir".

Já Jaime Quendera, enólogo da Casa Ermelinda Freitas e da Adega de Pegões, diz: "É muito importante voltar a receber uma grande medalha de Ouro pois, fazendo parte do júri, eu conheço bem a dificuldade que há em receber tal mérito. Mas acima de tudo, o que para mim é importante, é a constância dos galardões ano após ano, reconhecendo o trabalho efectuado pelas duas casas."

Texto publicado originalmente no Lifestyle do diário OJE a 10 de Maio de 2010

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